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Por Ana Patrícia Arantes

Arquiteturas Colaborativas Apoiam Causas E Territórios

Investimento financeiro, ações, rede de contatos e troca de conhecimentos podem fazer parte de uma nova forma de financiar iniciativas coletivas e cidadãs.

A Tabôa Fortalecimento Comunitário, uma organização social que fomenta iniciativas de base comunitárias no sul da Bahia, em dois anos, mobilizou mais de R$5 milhões para a criação da Plataforma Muká.

Para conseguir este recurso, a organização se uniu a diferentes instituições, que juntas, desenharam uma proposta de arquitetura colaborativa. Este modelo que eles escolheram para fortalecer as iniciativas de base, trouxe potência para a agricultura familiar agroecológica na região e abriu possibilidades de atuação para diferentes doadores.

A Experiência Muká

Na experiência da Plataforma Muká, o diálogo surgiu entre a Tabôa, Rede Povos da Mata e Instituto Ibia, que foram provocados pelo Instituto Ibirapitanga (financiador) para realizarem um projeto de fortalecimento da agroecologia na região do sul da Bahia.

Saíram em campo, articularam parcerias novas e as já existentes, e realizaram um diagnóstico para avaliar quais eram os principais gargalos para a atuação dos agricultores agroecológicos naquele momento.

O aporte começou pequeno, com R$300 mil doados pelo Instituto Ibirapitanga. “Ao final de um ano de trabalho, o Ibirapitanga nos permitiu, a articular parcerias com os Institutos Humanize e Arapyaú, a Porticus e o Funbio. Junto a este grupo, que chamamos de comitê de investidores, conseguimos emplacar o recurso necessário para garantir a atuação dos primeiros dois anos da plataforma”, conta Roberto Vilela, diretor-executivo da Tabôa.

Atualmente a Plataforma Muká possui seis parceiros financiadores. Além de outros três realizadores: Tabôa, Rede Povos e Instituto Ibia . Estes três, aportam expertise nos diferentes eixos da Muká, como crédito, comercialização, produção, beneficiamento e certificação.

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Foto: Acervo Circuitos Agroecológicos. Agroindústria Orgânicos do Quintal, no município de Barro Alto (BA).

Benefícios Para Agricultores

Os resultados nestes dois anos serão publicados em julho de 2021, mas a Plataforma tem conseguido muitas frentes em sua iniciativas, como a concessão de créditos para agricultores, capacitações, certificações nas propriedades e comercialização da produção.

Como efeito da assistência técnica rural, conseguiram ampliar o número de agricultores do cacau fino, ou seja, beneficiam a amêndoa do cacau e vendem este produto para empresas que fazem chocolate de qualidade, como AMMA e Dengo.

Com isso, o agricultor escapa da lógica perversa do cacau commodity.

O agricultor Fernando dos Santos, do Assentamento Demétrio Costa, em seu primeiro corte de cacau do ano, verificou o aumento de 8 arrobas por ano/ha, para 20 arrobas em um hectare, após 6 meses de manejo com assistência da Muká. Em 2020, Fernando fez sua primeira venda de 10 arrobas de cacau de qualidade para a AMMA.

Filantropia Colaborativa

Estas Arquiteturas como as da Plataforma Muká , também chamadas de “filantropia colaborativa”, são criadas com o propósito de viabilizar doações de diferentes atores (organizações e pessoas que possuem recurso para doar) para uma mesma causa ou intenção.

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Foto: Erika Sanchez Saez, autora da publicação Filantropia Colaborativa.

Os formatos podem ser diferentes, seguindo algumas regras: como o recurso vai ser aportado, quem vai distribuir, quem faz a gestão. Esta arquitetura pode nascer da vontade de diferentes doadores aportando juntos para uma determinada causa ou projeto.

Ou ainda, ser criada por uma organização de base ou um fundo, que tenha o desejo de estruturar uma rede, uma coalizão, um financiamento coletivo, iniciativas comunitárias, etc. “São formatos e arquiteturas criadas para facilitar a comunicação e viabilização de vários doadores” explica Erika Sanchez Saez, autora da publicação Filantropia Colaborativa, do GIFE – Grupo de Institutos e Fundações Empresariais.

O Terceiro Setor

As organizações do terceiro setor podem ter estratégias de atuação e captação com arquiteturas variadas, operando com modelos de filantropia colaborativa, com possibilidades de conseguir recursos financeiros e agregar diferentes doadores que pactuam com a mesma causa.

A doação pode ser intencional, com uma articulação direta com o doador, ou por meio de uma plataforma, por exemplo de crowdfunding – onde a relação com o doador é feita por meio de plataformas de financiamento coletivo – Benfeitoria, Catarse, entre outras.

Números Positivos Da Colaboração

A principal pesquisa sobre investimento social e filantropia institucional de pessoa jurídica no Brasil, GIFE, apresenta números positivos para ações de filantropia colaborativa: 71% dos investidores sociais têm iniciativas de co-investimento, ou seja, estão doando para propostas com formatos de arquiteturas colaborativas.

É preciso que haja intenção: por um lado as organizações financiadoras/doadores, os “grantmakers”, como são chamados no campo da filantropia, e, por outro lado, as organizações de base. Essa última, se reinventando no que diz respeito a mobilização de recursos, criando arquiteturas para o aporte de doações que sejam pensadas nessa lógica colaborativa. Ou seja, que inclua a possibilidade de vários doadores, pessoas físicas ou jurídicas, poderem participar/apoiar.

Ampliando a Consciência

Estas estratégias exigem uma ampliação de consciência por parte da sociedade e das organizações de filantropia para a importância e a disposição de se reinventarem. “A filantropia colaborativa pode ser uma aliada importante nesse processo, que ajuda as duas pontas: quem precisa de doação para poder atuar, e quem tem recursos para doar, sendo pouco, ou mesmo, milhões de reais”, finaliza Erika.

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